quarta-feira, julho 05, 2006


Parabens Patrícios

Hoje, 5 de julho de 2006, marcou para mim como o dia em que o campeão perdeu, campeão de coração, de humildade, de competencia e campeão de Honra, Parabens Portugal, time que torci desde 2004 ate essa copa, mi orgulhou muito, mi emocionou muito assim como outras pessoas, mostrou como é o verdadeiro futebol de uma copa do mundo, um futebol em prol da coletividade e da solidariedade, todos aceitamos derrotas, não aceitamos derrotas sem HONRA, palavra simples, direta, mais com um significado belíssimo. Obrigado Portugal foi uma Honra para mim ter torcido por vocês e foi uma honra ainda maior para o mundo em ter visto vocês nessa copa do mundo.


Abaixo segue um texto de Mauro Cézar Pereira da Espn Brasil, o mais belo texto que li sobre o fiasco da seleção brasileira.


"Vamos observar pelo lado bom: Parreira e Zagallo dificilmente voltarão à seleção brasileira"

A França dominou o jogo, foi o primeiro adversário respeitável que o Brasil enfrentou em toda a competição. O desfecho não surpreendeu, mas vamos analisar pelo lado bom. Bom para o futebol do brasileiro, claro: Parreira e Zagallo dificilmente voltarão ao comando da seleção. Ambos exibem títulos mundiais em seus currículos, todos sabem, mas já faz tempo que nada têm a oferecer à seleção.

Zagallo, que vive há anos no estrelato graças ao título do genial time de 1970, levou um time desorganizado à França em 1998. Sua presença no cargo de técnico, já naquela época, era um disparate. Jogando mal, o Brasil se arrastou até a final, apoiado única e exclusivamente no talento de seus atletas. Enquanto isso, o veterano técnico fazia sua patética contagem regressiva para o "penta".

Mal sabia quem era Zinedine Zidane, como marcá-lo, de que maneira detê-lo. Do alto da prepotência que caracteriza o comando dessa (e daquela) seleção, mandou o time a campo e então veio a verdadeira "sova" francesa. E com show do craque. O — até hoje — polêmico mal estar de Ronaldo foi a cortina de fumaça com a qual tentaram esconder as falhas daquela equipe que teve o segundo pior desempenho defensivo do Brasil em um Mundial. Sofreu dez gols e perdeu para a Noruega!!!

Carlos Alberto Parreira venceu a Copa de 1994 levando até o final sua própria filosofia de jogo. Isso é fato. Méritos que ninguém tira. Mas foi há 12 anos. Nessa volta ao cargo que prometeu nunca mais ocupar depois de ganhar o tetra, ele se mostrou quase tão obsoleto quanto seu "mestre", Zagallo. Foram três anos e meio de trabalho e resultados fracos.

Em momento algum desde a conquista do quinto título em 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, a seleção fez o que dela se esperava. Raras foram as vezes em que esse Brasil de Parreira se assemelhou a um time, mais parecendo uma eventual reunião de jogadores talentosos e desconectados. Como uma orquestra de grandes músicos que não ensaiam e sem um maestro à altura.

Assim a seleção foi para a Copa, apoiada num favoritismo pré-fabricado pelos setores ufanistas da mídia e pela corrente pra frente dos patrocinadores, fossem eles oficiais ou pessoais. Pensamentos individualistas imperaram nesse grupo, com jogadores buscando seus recordes próprios. E nesses momentos o que menos se percebeu foi um comando.

Por essas e outras o Brasil saiu do Mundial sem que os responsáveis pelo fiasco demonstrassem constrangimento, tristeza, nada. Nas entrevistas pós-derrota, frieza e naturalidade diante do fiasco, algo absolutamente repugnante. Algo como “perdemos, e daí?”

Indiferentes, os jogadores distribuíram desculpas esfarrapadas, patéticas até. Para simbolizar o desfile de tolices, a frase tosca do treinador ao (tentar) justificar a derrota, um autêntico estrupício: "Faltou mais preparação, mais parte física, mais entrosamento. Essa equipe jogou muito pouco. Só um amistoso em Moscou". Faltou, Parreira? E quem seria o responsável?

Durante meses, do alto de sua soberba (que não tinha em 1994), o técnico afirmou e reafirmou que ao evitar confrontos com times fortes estava adotando a estratégia adequada. Em datas estipuladas pela Fifa para jogos amistosos ele acatou placidamente as decisões dos cartolas da CBF.

Esses, por sua vez, leiloavam a equipe nacional levando os craques canarinhos para amistosos caça-dólares. Teve um 8 a 0 sobre os Emirados Árabes (em 12 de novembro de 2005) e o 1 a 0 diante da Rússia (1º de março de 2006) sob frio de rachar e num campo quase impraticável. Depois vieram os encontros com o combinado de Lucerna e a risível seleção da Nova Zelândia, os dois últimos às vésperas da Copa.

Foi agendado até mesmo um duelo com os Kuwait All Stars, que só não aconteceu em 15 de novembro do ano passado devido ao veto da Fifa. Afinal, o propósito era o uso daquela data para a realização de partidas entre seleções, não contra catadões. O que os compromissos no Kuwait, Emirados Árabes e na Rússia tinham em comum? Quotas milionárias. Os critérios técnicos ficaram de lado, com a anuência de Parreira, que agora, derrotado, com desfaçatez utiliza esse argumento que é um insulto à inteligência alheia.

O desfecho dessa seqüência interminável de erros foi a repetição de um filme conhecido protagonizado por Zidane. Em 1998, na decisão da Copa do Mundo, França 3 x 0 Brasil, dirigido por Zagallo. Oito anos depois, valendo vaga na semifinal, França 1 x 0 Brasil, treinado por Parreira. Nem todo mundo ficará feliz se a dupla realmente deixar, de vez, a seleção brasileira. Os franceses vão sentir saudades da dupla.

* * *

Por mais que Parreira seja o maior responsável pela pífia participação do Brasil na Copa, por incompetência, omissão, por acatar passivamente decisões políticas que prejudicaram seu trabalho, não há como negar: os jogadores, em ampla maioria, foram patéticos. Ronaldinho Gaúcho e Kaká sumiram em claras demonstrações de apatia, falta de personalidade. Mas esses ainda têm ao menos um Mundial para modificar essa imagem.

Quem não terá — imagina-se — nova chance são os veteranos “donos” do time. Caso de Roberto Carlos, que dispensa comentários. Esnobou Gana, mandou “torpedos” para o inglês Beckham pedindo que fizesse um gol de falta, errou todas as que cobrou, uma Copa lamentável. Para completar, ajeitou a meia enquanto Henry corria para decidir o jogo.

Ronaldo fez seu brilhareco contra japoneses e ganenses, bateu o recorde de gols, mas diante dos franceses ficou claro que, por mais tentam mostrar o contrário, com mais de 90 quilos é uma caricatura do grande goleador das Copas. Não por acaso o comercial da Nike que celebrava sua aparente recuperação não tinha uma só imagem de 2006. Eram alguns dos grandes momentos do Ronaldo magro.

E Cafu? Num disparate sem precedentes, o decrépito capitão revelou que não se satisfez com a quebra do recorde de jogos pelo Brasil. Ele (pasmem!) ainda crê na possibilidade de reaparecer em 2010: “Na próxima Copa eu vou ter 40 anos e ser convocado ou não vai depender do Parreira ou do próximo técnico”. É, ele não quer largar o “osso”, autocrítica passa longe. Jogador que já deu sua contribuição à seleção, mesmo com a indiscutível derrota imposta pela França ele revela a incapacidade de perceber que sua fase acabou. Cafu parece se inspirar em Zagallo.




Maikon - 10:26:00 PM

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